Para aqueles que pensam
Que o nada é tristeza
Um aviso:
O nada não é nada não...
Sigo sem deixar nada Além do que fica da minha distração/ Ser humano é ser estrada na dor no amor ou na ilusão
Tranqüilo,
Apesar de sentado
Com minhas bobagens
Como se fossemos tias que tomam
Chá
Enquanto tecem fofocas
Cômico,
Mesmo sabendo que meus poemas
São longos demais
Como esperar um ônibus de mãos vazias
Sem ter paciência para
Falar sozinho
Escritor
Apesar de tomar consciência
De que esses poemas são
Suspiros de mim para mim mesmo,
Enquanto tomo chá
Comendo bobagens
Ao esperar o ônibus
De mão vazias
Sem paciência para
Falar sozinho
Nessa era do tudo
O nada parece fascinar
Gente demais
Tanto que logo
O tudo vai engolir o nada
Que não será nada maisNada do que já foi pensado vale
A Inércia é em si insulto
Tudo o que existe muda
E a realidade aceita ilude
O nada que é negado vive
Na criatividade insana adormecida
A vida que se transforma agora
Anseia pelos loucos suicidas