domingo, 8 de junho de 2008

De mãos vazias

Tranqüilo,

Apesar de sentado

Com minhas bobagens

Como se fossemos tias que tomam

Chá

Enquanto tecem fofocas


Cômico,

Mesmo sabendo que meus poemas

São longos demais

Como esperar um ônibus de mãos vazias

Sem ter paciência para

Falar sozinho


Escritor

Apesar de tomar consciência

De que esses poemas são

Suspiros de mim para mim mesmo,

Enquanto tomo chá

Comendo bobagens

Ao esperar o ônibus

De mão vazias

Sem paciência para

Falar sozinho

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