O amor é o trasbordamento
de cada poro
pelo qual me existo
É meu resíduo último
o ponto sonoro
no qual insisto
Sigo sem deixar nada Além do que fica da minha distração/ Ser humano é ser estrada na dor no amor ou na ilusão
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Discos da Baleia
I
Era uma bela casa
a vida destruiu
Era um bom esconderijo
a vida desfez
era alguma boa coisa
perdida em algum tempo melhor
saber lembrança ou suor
nada restou
II
Tudo sobra
desdobra
Em amor e sonho
passo e sola
Risonho
tempo à vida
para vida em tempo
nos diluimos diluviamos
inundamos sem intento
o acumulo embriagante
de experiências acumuladas
tudo que vida faz com a vida
Todas as curvas que impõe a estrada
III
alguém ficou
para acompanhar a demolição
(em meio a um solo de sax
e a semifusão de um martelo sem pausa)
acampanhou
Tijolo por tijolo que cai
pedaço traço ato
que se esvai
nuvem explode em chuva
gota muda
molhando o tom da vida
Com as cores da ferida
que avança
Era uma bela casa
a vida destruiu
Era um bom esconderijo
a vida desfez
era alguma boa coisa
perdida em algum tempo melhor
saber lembrança ou suor
nada restou
II
Tudo sobra
desdobra
Em amor e sonho
passo e sola
Risonho
tempo à vida
para vida em tempo
nos diluimos diluviamos
inundamos sem intento
o acumulo embriagante
de experiências acumuladas
tudo que vida faz com a vida
Todas as curvas que impõe a estrada
III
alguém ficou
para acompanhar a demolição
(em meio a um solo de sax
e a semifusão de um martelo sem pausa)
acampanhou
Tijolo por tijolo que cai
pedaço traço ato
que se esvai
nuvem explode em chuva
gota muda
molhando o tom da vida
Com as cores da ferida
que avança
Estado Poético
I
Carro passa passando
palavra buscada andando
Nada do que escreva atinge
palavras para além de mim
Eu amando
Eu sem nada
Nado...
Eu pensando
Me desfaço
Esqueço...
II
Conter a experiência humana
Expressá-la realizá-la
O humano amor a humana vida
O além do amor o porém da vida
Quando o humano se trans-humana
sublima transpira profana
Os limites de
Estar
III
Toda existência é poética
As luzes dos carros
Explosivas
O imenso novelo de raízes
Nocivas
Trilhos luminosos alimentam as veias
cidades de areia
vasto cogumelo luminoso
o amor que transborda em atos
únicos
todos engolidos pelo canto do sino que vem da praça
todos reduzidos frente a primeira palavra da criança
o trânsito segue
e os horários também
IV
o carro passa andando
por sobre minha poética
Banal
Vislumbre algo
Surreal
toda existência é
poesia
pergunte algo
ao dia-a-dia
Carro passa passando
palavra buscada andando
Nada do que escreva atinge
palavras para além de mim
Eu amando
Eu sem nada
Nado...
Eu pensando
Me desfaço
Esqueço...
II
Conter a experiência humana
Expressá-la realizá-la
O humano amor a humana vida
O além do amor o porém da vida
Quando o humano se trans-humana
sublima transpira profana
Os limites de
Estar
III
Toda existência é poética
As luzes dos carros
Explosivas
O imenso novelo de raízes
Nocivas
Trilhos luminosos alimentam as veias
cidades de areia
vasto cogumelo luminoso
o amor que transborda em atos
únicos
todos engolidos pelo canto do sino que vem da praça
todos reduzidos frente a primeira palavra da criança
o trânsito segue
e os horários também
IV
o carro passa andando
por sobre minha poética
Banal
Vislumbre algo
Surreal
toda existência é
poesia
pergunte algo
ao dia-a-dia
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Poética I
Sigo sem deixar nada
Além do que fica da minha distração
Ser humano é ser estrada
Na dor no amor e na paixão
Além do que fica da minha distração
Ser humano é ser estrada
Na dor no amor e na paixão
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Química Cósmica
Troca de energias ocultas
em naufrágios mútuos
Seu olhar me matou
em três tiros de crepúsculo
Te observo
Sem que você faça idéia
do altíssimo vôo que realizamos
Eu
Eterno poente
Na busca de Luz e Sombra
Em seus braços
Não sei explicar o que encontro
Sigo sem perceber
O quanto nosso amor
Cava caminhos nas entranhas do nada
Sem notar como
em cada detalhe desferido com convicção
Nos nutrimos como bixos
Do mais intenso cerne do afeto
em naufrágios mútuos
Seu olhar me matou
em três tiros de crepúsculo
Te observo
Sem que você faça idéia
do altíssimo vôo que realizamos
Eu
Eterno poente
Na busca de Luz e Sombra
Em seus braços
Não sei explicar o que encontro
Sigo sem perceber
O quanto nosso amor
Cava caminhos nas entranhas do nada
Sem notar como
em cada detalhe desferido com convicção
Nos nutrimos como bixos
Do mais intenso cerne do afeto
domingo, 9 de agosto de 2009
Sobre nós
Quanto a nós
que sabemos que a vida é movimento
transitoriedade dolorosa das cores
Quanto a nós
que sabemos que amor é dor
finitude prevista pela bufonaria do tempo
Não nos resta nada
A não ser se amar
Loucamente
A não ser se amar
Simplesmente
que sabemos que a vida é movimento
transitoriedade dolorosa das cores
Quanto a nós
que sabemos que amor é dor
finitude prevista pela bufonaria do tempo
Não nos resta nada
A não ser se amar
Loucamente
A não ser se amar
Simplesmente
Tic-Tac
Insônia incessante
Cessa o sono
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Sendo o sono
Tempo
Tempo sono
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Não cessa tanto
Canso
O tempo segue
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
.
.
.
Cessa o sono
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Sendo o sono
Tempo
Tempo sono
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Não cessa tanto
Canso
O tempo segue
Instante
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
Tanto
Tempo
Tempo
Tanto
.
.
.
O descaso dos relojoeiros
Presente do acaso
Em noite de descaso
Dos relojoeiros do destino
Adiantou-se o tempo
Do encontro repentino
Entre seres que irão se dissolver
Por se amarem até não mais poder
Em noite de descaso
Dos relojoeiros do destino
Adiantou-se o tempo
Do encontro repentino
Entre seres que irão se dissolver
Por se amarem até não mais poder
Noção
Vida sem verso
Olho ressecado
Coração
Danado
Risco a espreita
o frio
vazio
deserto
Risco no horizonte
Ardor
pulsante
incerto
Sentir queima
Viver mata
Olho ressecado
Coração
Danado
Risco a espreita
o frio
vazio
deserto
Risco no horizonte
Ardor
pulsante
incerto
Sentir queima
Viver mata
Wintercotidianamente Falando (Sendo)
O clima esfria e o ar torna-se mais denso
como se, para inalá-lo
fosse necessária uma vontade sobre-humana
Os pensamentos antes tão simplesmente à superfície
Agora afundam
Como chumbo chumbo condenado em um mar de leis mundanas
A trilha sonora é o silêncio
das palavras que se lançam ao ar
antes de serem aptas ao vôo
E assim simplesmente caem e morrem
Gestando ao redor de cada ser humano
uma aura fétida proveniente do cemitério de aves caladas
Assentando cada relação humana
como se, para inalá-lo
fosse necessária uma vontade sobre-humana
Os pensamentos antes tão simplesmente à superfície
Agora afundam
Como chumbo chumbo condenado em um mar de leis mundanas
A trilha sonora é o silêncio
das palavras que se lançam ao ar
antes de serem aptas ao vôo
E assim simplesmente caem e morrem
Gestando ao redor de cada ser humano
uma aura fétida proveniente do cemitério de aves caladas
Assentando cada relação humana
Dia Seguinte
Tanto amei e quis amar
Que a vida oferecida pelo mundo é pouco
Perder meus dias no trânsito
E o poder da minha convicção
Em um trabalho que me tornará ranzinza
Pra mim não basta
Quero voar tão alto e tão além
Para cair rápido tal qual um raio
Diretamente para saber ouvir
A história de vida de um amigo verdadeiro
Bailando sempre no contratempo da rotina
Quero fazer amor no cotidiano
Iniciando meus dias dizendo eu te amo
E não me perguntem para onde vou
Ou o que pretendo
Sou relâmpago buscando intenso
uma maneira de precipitar amor
Deixem as preocupações para quem almeja
Controlar o desencontro de caminhos
no tempo ausente do dia seguinte
Que a vida oferecida pelo mundo é pouco
Perder meus dias no trânsito
E o poder da minha convicção
Em um trabalho que me tornará ranzinza
Pra mim não basta
Quero voar tão alto e tão além
Para cair rápido tal qual um raio
Diretamente para saber ouvir
A história de vida de um amigo verdadeiro
Bailando sempre no contratempo da rotina
Quero fazer amor no cotidiano
Iniciando meus dias dizendo eu te amo
E não me perguntem para onde vou
Ou o que pretendo
Sou relâmpago buscando intenso
uma maneira de precipitar amor
Deixem as preocupações para quem almeja
Controlar o desencontro de caminhos
no tempo ausente do dia seguinte
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