segunda-feira, 12 de abril de 2010

Inutilidades

O poeta
é um desencaixado
alma que voa
em céu exilado

Quem lê poesia
é um zé-ninguém
coração perene
perdido em vai e vem

O encontro

Nasce um cinzento dia
Curitiba no céu estampada
Ressoa ao longe
Na voz da poesia
Um rouco timbre de blues na estrada

No horizonte de incertezas
Naufrágios ocorrem ao som de rock'n'roll
Poetas se encontram
Para uma festa derradeira no além

Passagem

Dia nove de abril

Viva

O Ivo

...II

Vem de onde
a intensidade de sofrer?
Vem de onde
essa mania de esquecer?

Eterno Retorno

Ver
até onde vai dar
Ir até o fim
para recomeçar

o vôo do quero quero

quero quero

quero tudo quero ir fundo

voar a toda num segundo

toda destruição
que um pensamento pode ter
toda distração
no sentimento de viver

...

desconhecimento

.......turbilhão silencioso

na boca do momento

Sopro II

A estrada
não tem fim
O desencanto
.......................sim

Sopro

Plenitude

Quietude

que leva ao silêncio

po-hermeto II

escrevo por que preciso
crio como um aviso
de que a vida é muito além


Preso por rimas
sigo a sina
da desconstrução

sou fluxo
nau
......frá
...........gio
no mar da ilusão

po-hermeto I

O que é aproveitar bem o dia?
tomar cerveja
escrever poesia

Não quero a resposta convencional
Farejo
Desvios pro baixo astral