Olhei pra vida
ela me olhou
fechei meus olhos
o tempo parou
Olhei pra vida
ela me olhou
fechei meus olhos
no pouco que sou
olhei pra vida
ela nem percebia
fechei meus olhos
pra ver que sorria
olhei pra tudo
e o mundo mudou
estranho andarilho
que me perturbou
olhei pra fora
e vi a estrada
louca e errante
correndo pra nada
olhei pra fora....
e vi a estrada
doce princesa
de tudo e de nada
olhei para o olho
pra ver eu olhando
só encontro um escuro
luar me amando
olhei pra tudo
pra ver o futuro
fechei os meus olhos
pra ver o incerto
Inverti a retina
pra ver se sorria
o mundo nem via
o mistério tão perto
olhei os seus olhos
e hesitando um segundo
vi folhas caindo
em outono profundo
olhei para vida
enxergando sem lema
abri a ferida
e escrevi um poema
olhei os seus olhos...
tão lindo o agora
e lancei-me em seu verde
ao lembrar nossa história
olhei os seus olhos
tão louco o agora
e lancei-me em seu verde
sem sonhar a vitória
caiu uma folha
na escolha do tempo
se assenta num susto
suave momento
caiu uma folha
na escolha do tempo
se assenta suave
num leito de grama
tudo tranquilo
num peito que ama
caiu uma folha
num denso mergulho
se despede dos galhos
e se deita sozinha
como todas as outras
fazendo sua parte
uma ideia noturna
permance sombria
o outono é pra mim
sempre uma arte?
caiu uma folha
numa queda marcada
e de algum modo sem motivo
me alegro em estar vivo
me alegro pela amada
caiu uma folha
na escolha do tempo
é possível cair
sem o sopro do vento?
Sigo sem deixar nada Além do que fica da minha distração/ Ser humano é ser estrada na dor no amor ou na ilusão
segunda-feira, 28 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Deságuas I
hora do infinito
em ciclo sem fim
prescrito o rito
será o fim serafim?
ao som dos universos
inaudito às galáxias
transcrio meus versos
às novas sintaxes
enquanto isso
matem-me
no tempo na dela
uma estrela me espera
nesse espaço momento
sou apenas pra ela
meu brilho é ela
meu sol é ela
meu eterno é agora
céu com janela
em ciclo sem fim
prescrito o rito
será o fim serafim?
ao som dos universos
inaudito às galáxias
transcrio meus versos
às novas sintaxes
enquanto isso
matem-me
no tempo na dela
uma estrela me espera
nesse espaço momento
sou apenas pra ela
meu brilho é ela
meu sol é ela
meu eterno é agora
céu com janela
Deságuas II
e terno é o aqui
agorasempremundo
o prazer no que vivi
eternovastomundo
um rio retornando
em gozo fecundo
da própria serpente à sua semente
um lindo segundo
mordendo sonhando
a luxúria de um ato ao som do regato
um sonho somente de eterno retorno
o gosto da fruta a doce maça
o lábio da flauta,
a suave fumaça
desnuda gemendo o prazer da manhã
a vida é um orgasmo
beijo que passa
Luas lembrando cor de romã
implode o marasmo e tão derrepente
amor florescendo no seio do agora
parece um presente a cauda é o olho
o horizonte a aurora
o olho é a cauda
o tempo que acabe
amor que deságua
em mar suicida
que tudo desabe em uma ferida
fazer do oceano avenida florida
nascendo de novo pra te conhecer
luaral que inicias
responde ao destino
dá em mágua essa vida?
Dá em vida esse viver?
agorasempremundo
o prazer no que vivi
eternovastomundo
um rio retornando
em gozo fecundo
da própria serpente à sua semente
um lindo segundo
mordendo sonhando
a luxúria de um ato ao som do regato
um sonho somente de eterno retorno
o gosto da fruta a doce maça
o lábio da flauta,
a suave fumaça
desnuda gemendo o prazer da manhã
a vida é um orgasmo
beijo que passa
Luas lembrando cor de romã
implode o marasmo e tão derrepente
amor florescendo no seio do agora
parece um presente a cauda é o olho
o horizonte a aurora
o olho é a cauda
o tempo que acabe
amor que deságua
em mar suicida
que tudo desabe em uma ferida
fazer do oceano avenida florida
nascendo de novo pra te conhecer
luaral que inicias
responde ao destino
dá em mágua essa vida?
Dá em vida esse viver?
...
e que não ficassem
os ruídos da incomunicabilidade
posto que não há
alegria maior
do que uma comunicação
bem estabelecida
o amor já não sei
mistério profundo
ao som de poréns
viajens insanas
rumando ao incerto
riso louco que dança
esperança
até no deserto
"alegria é a prova dos nove"
os ruídos da incomunicabilidade
posto que não há
alegria maior
do que uma comunicação
bem estabelecida
o amor já não sei
mistério profundo
ao som de poréns
viajens insanas
rumando ao incerto
riso louco que dança
esperança
até no deserto
"alegria é a prova dos nove"
Espelho solitário
deixo uma palavra
ao que resta
de segredo
tudo que me falta
escorre a esmo
no destino arlequino
cantor da solidão
cantor da solidão
no destino arlequino
escorre a esmo
tudo que me falta
de segredo
ao que resta
deixo uma palavra
Ass... Talkings
ao que resta
de segredo
tudo que me falta
escorre a esmo
no destino arlequino
cantor da solidão
cantor da solidão
no destino arlequino
escorre a esmo
tudo que me falta
de segredo
ao que resta
deixo uma palavra
Ass... Talkings
o mundo num segundo
depois do fim
o mundo é assim
passageiro viajante
devaneante impermanente
louco visionário asceta
deus renascido
som da floresta
depois do fim
o mundo é assim:
gosto de fim de festa
no pouco tempo que resta
seguindo errante
inconsequente
em sua loucura
de girar
eternamente
o mundo é assim
passageiro viajante
devaneante impermanente
louco visionário asceta
deus renascido
som da floresta
depois do fim
o mundo é assim:
gosto de fim de festa
no pouco tempo que resta
seguindo errante
inconsequente
em sua loucura
de girar
eternamente
diapazão
miragens
na paisagem
trespassam minha visão
aprofundo o equilíbrio
ressoando o diapazão
insipido início
dessa percepção
na paisagem
trespassam minha visão
aprofundo o equilíbrio
ressoando o diapazão
insipido início
dessa percepção
aos loucos tiroleses
de tempo em tempo
alguém passa
berrando suspenso
sobre o céu
do nosso momento
de tempo em tempo
passa alguém
berrando alegria
no nosso porém
um louco divagando
mergulho imenso pirando
aéreo sobre todo festival
tirolesa lisérgica
anima o carnaval
alguém passa
berrando suspenso
sobre o céu
do nosso momento
de tempo em tempo
passa alguém
berrando alegria
no nosso porém
um louco divagando
mergulho imenso pirando
aéreo sobre todo festival
tirolesa lisérgica
anima o carnaval
folha na sombra
a folha
fazendo
sombra
na folha
fazendo
sombra
na sombra
fazendo
folha
na sombra
nascendo
escurece
o silêncio
Luz
fazendo
sombra
na folha
fazendo
sombra
na sombra
fazendo
folha
na sombra
nascendo
escurece
o silêncio
Luz
aos amigos mineiros
ê Minas!
sua sina estradeira
me persegue nas curvas
de suas serras mineiras
Gerais
são todos os caminhos
sentimentos intensos
nesse sonho imenso
rio de amizades
no qual me perdi
para me encontrar
voar e morrer de saudades
lembrar que sorri
e vivi de verdade
frutos da estrada
não brotam do acaso
descaso sonhado
da nossa risada
sua sina estradeira
me persegue nas curvas
de suas serras mineiras
Gerais
são todos os caminhos
sentimentos intensos
nesse sonho imenso
rio de amizades
no qual me perdi
para me encontrar
voar e morrer de saudades
lembrar que sorri
e vivi de verdade
frutos da estrada
não brotam do acaso
descaso sonhado
da nossa risada
escriba de piras
anotando viagens
ao som de miragens
escriba de piras
marcando passagens
viver é mais simples
no mundo embrião
só quero mesmo
abandonar a ilusão
ao som de miragens
escriba de piras
marcando passagens
viver é mais simples
no mundo embrião
só quero mesmo
abandonar a ilusão
estréia
Acampando
de frente
ao pôr-do-sol
e com uma
janela de árvores
aberta à via láctea
Inauguramos
o carnaval
numa noite
ébria de rock 'n' roll
de frente
ao pôr-do-sol
e com uma
janela de árvores
aberta à via láctea
Inauguramos
o carnaval
numa noite
ébria de rock 'n' roll
é dia
gostaria
de esquecer que hoje é dia
dia ou ilusão
gostaria
de esquecer que hoje é dia
de qualquer coisa
que não poesia
qualquer sentimento
que não paixão
de esquecer que hoje é dia
dia ou ilusão
gostaria
de esquecer que hoje é dia
de qualquer coisa
que não poesia
qualquer sentimento
que não paixão
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