poema
lema moderno
moderno
lema poema
terno
andando na lama
brincando
na chama do inverno
andando
um lama eterno
interno
olhar sem transtorno
na chuva
uma nuvem mudando
segue
um eterno retorno
criar o novo
de dentro do ovo
tirar o alho
do tal do baralho
achar o ritmo
no som do chocalho
brincar de discreto
no seio do branco
ser um tanto concreto
sem saber o quanto
transando paragens
de dentro de imagens
mudar ideias
lançando miragens
como num vôo
por entre as palavras
abrindo passagens
tropeço nos versos
eu faço reversos
como num sonho
concreto
abstrato
parece risonho
o nosso retrato
juro que espero
o ato dos atos
um verso discreto
recato profeta
vulto ilusão
Sigo sem deixar nada Além do que fica da minha distração/ Ser humano é ser estrada na dor no amor ou na ilusão
sexta-feira, 8 de julho de 2011
citações
Segundo eu mesmo
Enfiem no cu
suas tão valorosas citações
se não conseguem
pensar sozinhos
isso não é
problema meu
cotidiano da ciência
devolve
tiro no pé
Enfiem no cu
suas tão valorosas citações
se não conseguem
pensar sozinhos
isso não é
problema meu
cotidiano da ciência
devolve
tiro no pé
Sensação de esquecer
Fica a sensação estranha
de estar esquecendo algo
confiro mentalmente a bagagem e tudo está ali
pétalas de azaléias sorriem pra mim
de estar esquecendo algo
confiro mentalmente a bagagem e tudo está ali
pétalas de azaléias sorriem pra mim
e cristais translúcidos filtraram nossas vibrações
enquanto quadros dependurados
presenciavam nossas óbvias e hilariantes conclusões
lá fora a noite cobria
o mar com um manto sem estrelas
chovia consciência em nossos telhados atentos
As nuvens permanecem:
beuganvilles e azaléias floresciam na entrada
portal de cores e madeira nos roubando as palavras
flor dentro da flor risada sobre a risada
rosa envelhecido, tons de nostalgia
nas pétalas do tempo sensitiva é a poesia
chovia consciência em nossos telhados atentos
As nuvens permanecem:
beuganvilles e azaléias floresciam na entrada
portal de cores e madeira nos roubando as palavras
flor dentro da flor risada sobre a risada
rosa envelhecido, tons de nostalgia
nas pétalas do tempo sensitiva é a poesia
Outrando-se
Em mente
tenho resoluções certeiras
e de certo modo fixas
Sobre aquilo que me comove,
ser ou não ser
de modo passageiro
estou tranquilo em meus anseios
e talvez de pés fincados
no solo perturbado
das ilusões sem precedentes
expreito curioso
a cotidiana experiência
de divagar em meu calmo labirinto
eu me curvo ao meu ser superior
incertezas inconstantes
fico atento aos instantes de mutação interior
meu olhos
mais precisamente
meus globos oculares
são envoltos por uma névoa
que os sustenta como um manto
garras feitas de seda
uma alvorada entretanto
névoa crepuscular
laranja sensação
de uma tranquila ardência
fixa no agora
intenso profundo oceano
de ser em si outro
mas, como um capitão
de uma incrível nau
que em meio a um naufrágio
se eleva aos raios sorridentes
de uma lua cristal-crescente
e assim permanece
em lúcido vôo de tempestiva loucura
Três pessoas. Seis. Sete
a sempre imaginária
roda simples
de encontros reinventados
um sabor ócreo-púrpureo
de um amargor quase silvestre
um sabor quase inconteste
da doce realidade
que é servida na esquina
de qualquer grande cidade
Quantas mutações cabem em um instante
com quantos devaneios se configura uma fuga
com quantos saltos uma entrega delirante
se revela evolução e percepção iluminada
e se nas gotas dessa chuva fosse tudo uma ilusão
fosse tudo real na fronteira do nada
Lágrimas segundantes
desdobrando a via errante
na face esbranquiçada das nuvens
tenho resoluções certeiras
e de certo modo fixas
Sobre aquilo que me comove,
ser ou não ser
de modo passageiro
estou tranquilo em meus anseios
e talvez de pés fincados
no solo perturbado
das ilusões sem precedentes
expreito curioso
a cotidiana experiência
de divagar em meu calmo labirinto
eu me curvo ao meu ser superior
incertezas inconstantes
fico atento aos instantes de mutação interior
meu olhos
mais precisamente
meus globos oculares
são envoltos por uma névoa
que os sustenta como um manto
garras feitas de seda
uma alvorada entretanto
névoa crepuscular
laranja sensação
de uma tranquila ardência
fixa no agora
intenso profundo oceano
de ser em si outro
mas, como um capitão
de uma incrível nau
que em meio a um naufrágio
se eleva aos raios sorridentes
de uma lua cristal-crescente
e assim permanece
em lúcido vôo de tempestiva loucura
Três pessoas. Seis. Sete
a sempre imaginária
roda simples
de encontros reinventados
um sabor ócreo-púrpureo
de um amargor quase silvestre
um sabor quase inconteste
da doce realidade
que é servida na esquina
de qualquer grande cidade
Quantas mutações cabem em um instante
com quantos devaneios se configura uma fuga
com quantos saltos uma entrega delirante
se revela evolução e percepção iluminada
e se nas gotas dessa chuva fosse tudo uma ilusão
fosse tudo real na fronteira do nada
Lágrimas segundantes
desdobrando a via errante
na face esbranquiçada das nuvens
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