segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sem saber o sentido do vento


a festa poderia não ter fim

a vibração do som transcendental

purifica minha consciência

Meu ser, com olhos e coração

Livres da dor

desgarrados da mágoa

Livres do apego


colocamos as asas

para aprender a voar

Sem saber o sentido do vento

A vida como um oásis


Aproveitar a estrada
por que a vida é como um oásis
uma trilha no deserto
e a terra prometida pode nunca chegar

E o viajante se desfaz no incerto
em busca de miragens
como uma imagem no ar

O sol que bate no asfalto
Ilude os Limites do céu

de um lado uma cidade de cupins
de um outro um latifúndio
enquanto uma rota do segundo
a estrada se fundo ao fim do mundo

A imensidão dos pastos
a lonjura nas vistas
São campos e mais campos
que parecem ser livre mas não são,
terras usufruidas pelo apetite da cidade
Ilusão

O roda moinho
indicou o caminho dos campos sem fim
Lupério Marília Lins
O Brasil e seus confins

Embora tudo isso seja preciso
as árvores nascem livres
sem que se queria
solitária em meio a latifúndio

Jogando Palavras com Deus


Nesse mundo de Deus tudo acontece

Tudo de Deus acontece nesse Mundo

Deus-Mundo acontece nesse de tudo

Tudo de Mundo acontece nesse Deus

Mundo de Deus acontece nesse Tudo

Acontece de tudo nesse Mundo-Deus

De Deus nesse mundo tudo acontece

Nesse mundo de tudo acontece Deus

Acontece mundo nesse Deus de tudo

Inútil


Gosto de ficar
sentado na calçada
Com quem
não espera por nada

Gosto de viver
nesse entre tempo
dos momentos
nesse entre momento
dos tempos

Como quem inverte
o intento utilitário do dia

Gosto de esquecer
compromissos
Subverter os ponteiros
vertendo deles o que há
de verdade

Assumir o risco
da irresponsabilidade

de escrever poesia
intuindo o desnecessário

Enquanto o mundo inteiro parece
buscar alguma coisa
eu me realizo
apenas

Do A ao Z


Do A ao Z

Antenam Araças
Bolsas Brincalhonas
Conversam Convergências
Discursivas Dissonâncias
Estudam Estrelas
Falseando Feitiços
Gestam-se Gritos
Habitam Helicópteros
Inutilizando Invenções
Jacarés Jogando
Kosmos Kantianos
Lampejos Letrados
Mamando Mamutes
Noites Nihilistas
Ocultam-se Obviamente
Pântanos Papeiam
Querelas Quotidianas
Rimando Riquezas
Sinestreiam Sabiás
Tatus Teóricos
Uivam Urgentemente
Verdades Vindouras
Whalt Whitman
Xistoso Xadrez
Yogando Ypês
Zarabatanam Zaratustras